O Escudo

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quarta-feira, fevereiro 06, 2008

Ecos do fim de festa: Um Zorro amedrontado

Fim de tarde, fim de festa. O tráfego rodoviário era intenso. Os automóveis, pachorrentos, cheiravam o rabo uns dos outros.
Uma buzinadela, um chiar de pneus. O trânsito fica imobilizado. O Zorro, capa esvoaçante, sai em fúria do automóvel. Vocifera, pragueja, insulta e espuma pela boca.
Cautela, o Zorro está furioso. O objecto da sua ira é uma “vaca aselha” que conduz um carro que, com ternura, beijou o imaculado pára-choques do seu BMW.
A condutora, a quem o Zorro agora apelidava de “loira burra” abre a porta e sai do carro. Tinha uns longos cabelos loiros, estava descalça e usava uma mini-saia provocante. Os seus seios, embora disformes, eram descomunais. Porém, para além das enormes mamas, o que me chamou à atenção foi porte atlético da mulher. Era uma tipa enorme. Ao princípio pensei que se tratava de uma mulher nórdica. Mas depois, reparei nas pernas musculadas e que, pela abundante pilosidade, já não deviam sentir o toque de cera quente há bastantes meses.
O Zorro, ao ver aquela mulher tão pouco libidinosa, ficou lívido e parou de zurrar. Com ar amedrontado, olhou de soslaio para o pára-choques, que apesar do toque continuava incólume, entrou no carro e arrancou.
Sorrindo, a matrafona matulona também se enfiou na viatura. Então, qual zorreiros, pois o transito continuava intenso, lá fomos todos à nossa vidinha.

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