Resolução da semana
À falta de melhor desculpa, a falta de tempo é sempre uma desculpa válida.
A falta de tempo, tudo justifica, tudo escusa, tudo ludibria.
Socialmente bem aceite, a falta de tempo é o supra sumo dos pretextos.
- Adorava ir ao concerto mas não tenho tempo.
- Ai se tivesse tempo! Não imaginam como gosto de viajar!
- Se tivesse tido mais tempo para estudar…
- Agradeço o convite para a festa, mas a falta de tempo…
- Não sei o que é que o gajo quer! Se tivesse tido mais tempo é óbvio que tinha cumprido o objectivo.
- Não imagina como lamento. Se tivéssemos tido mais tempo para preparar a causa, decerto que o veredicto teria sido diferente.
- Agora não querido! Não há tempo. Os miúdos estão quase a acordar.
A falta de tempo. Sempre o embuste da falta de tempo.
Eu não fujo à regra. Sou um perito a utilizar o ardil da falta de tempo. A maior parte das vezes não o utilizo com o intuito de enganar os outros, mas sim devido à necessidade de me enganar a mim mesmo.
Antes de me sentar ao computador, olhei para a estante dos livros. Maquinalmente, o meu cérebro gerou o seguinte pensamento:
-Ena! Tantos livros em fila de espera e eu sem tempo…
Porra! Sem tempo uma ova! O que eu não sei é organizar o meu tempo. Sou um perito do desperdício de tempo. Se há que dissipe fortunas, eu esbanjo tempo.
O segredo, está em gerir.
Portanto, a partir desta semana vou começar a ler mais. Vou aproveitar melhor o tempo.
Como tenho hora e meia de intervalo para almoço e, por norma, só preciso de 30 minutos para deglutir a refeição, vou levar um livro comigo.
Agora só me resta escolher o meu novo companheiro da hora do almoço.
Estou indeciso entre “A Sangue Frio” do Truman Capote , “Doutor Jivago” de Boris Pasternak e “Murphy” do Samuel Beckett.
Se alguém quiser ajudar…
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