O Escudo

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quinta-feira, outubro 18, 2007

Moedas Portuguesas: Ceitis

Na documentação medieval, o termo "ceitil" aparece inicialmente como adjectivo, que servia para qualificar uma espécie áurea, que na altura circulava no nosso país - a dobra produzida na Ceuta Muçulmana. Mais tarde, já no decorrer do reinado de D. Afonso V, o termo ceitil aparece substantivado, para designar a moeda portuguesa de cobre, em que numa das faces apresenta três torres dentro de recinto muralhado e banhado pelo mar, e na face oposta o escudo nacional.
Uma das primeiras referências escritas a esta moeda de cobre data de 1449. Em Dezembro desse ano, houve um assalto à judiaria de Lisboa, e no relatório feito logo após assalto, aparecem no inventário, os ceitis de cobre entre outros bens que foram roubados.
Toda a documentação existente, aponta para que a criação dos ceitis tenha acontecido no final da década de 1440, embora a maioria das referências da época em que estão descritas moedas, refiram-se sempre aos valores especificados em reais pretos e reais brancos.
Desde o seu aparecimento até deixar de ser cunhado, o ceitil manteve a mesma tipologia básica que sempre o caracterizou:
No anverso, está representado um castelo, formado por três torres e uma muralha, que é banhada pelo mar.
No reverso, surgem as armas nacionais (escudo).

Texto adaptado do, excelente e bastante didáctico, site CEITIS.
As moedas que ilustram este post, ambos da colecção particular de Luís Nóbrega, representam Ceitis do Reinado de D. Afonso V.

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