A Educação Sexual nas escolas deve ser prioridade.
Em Portugal, a muito custo, lá vamos outra vez referendar a lei do aborto.
Na maioria das escolas a educação sexual é tema tabu. A moral, muitas vezes rodeada por uma auréola de hipocrisia, sobrepõe-se à razão. Continuamos a meter a cabeça na areia, alheios à realidade que nos cerca.
A educação sexual nas escolas tem de ser uma prioridade. Com isto, não quero desresponsabilizar os pais ou outros educadores, pois é a eles que cabe primordialmente a tarefa de educar. Porém, no que concerne à sexualidade, muitas vezes esta tarefa torna-se complicada e o meio escolar pode, no mínimo, servir de complemento a essa educação.
Ministrar educação sexual nas escolas não é convidar ou incentivar os jovens a fazerem sexo. Pelo contrário, pode ser uma forma de desmistificar o fruto proibido e de contribuir para que os adolescentes e jovens iniciem a sua vida sexual mais tardiamente e o façam de uma forma consciente, preparada e ciente de todos os riscos e responsabilidades que estão a incorrer.
Educar na e para a sexualidade pode ser o único caminho para diminuir o aborto, terminar com as gravidezes na adolescência e, em suma, para não termos de chegarmos ao extremo francês.
Imagem de Colcanopa para o Le Monde.
1 Comentários:
Olá, sou o jorge sineiro!
Colocas bem o problema. Até porque uma larga quantidade de pais não está preparado para falar abertamente e explicar aos filhos um assunto que para eles nem com o padre se fala,as escolas podem e devem abordar a sexualidade, em aulas específicas e com técnicis especializados.
Os professores também são pais, e apesar de serem docentes, tal não lhes confere à partida aptidões para explicar e contextualizar devidamente o tema.
Deve, pois, o governo proporcionar ao ministério do pelouro os meios financeiros adequados para que toda uma logística de apopio possa ser montada.
Foi assim que sucedeu em países do norte da Europa, especialmente, onde a sexualidade é ensinada nas escolas, e desde o 1º ciclo (7 /8 anos), há vários anos.
Sem isso, e ainda com alguns pais semi-analfabetos a desconfiarem do que se dirá às suas inocentes crianças, a escola só pode ir remendando uma lacuna do próprio sistema de ensino.
Um abraço.
Jorge G - o sineiro da aldeia
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